quarta-feira, 29 de julho de 2009

Obrigada!


Todos os anos os incêndios aparecem, tal como os bombeiros aí estão para os apagar. Mulheres e homens dão o seu melhor para combater o fogo e assim salvaguardar bens e vidas humanas, muitas vezes sem olhar para a sua própria segurança. Este ano, um colega de trabalho catalão, faleceu ao combater o grande incêndio que lavrava na Catalunha.
Pensei seriamente se diria algo neste blog. Porém, tanto o P. como todos os soldados da paz, sejam eles de que nacionalidade forem, prestam um serviço à humanidade imprescindível, e numa hora de aperto, são muitas vezes eles que nos ajudam e em quem nos apoiamos, e por isso aqui deixo a minha pequena homenagem.
O meu muito obrigada a todos e, P. deixas saudades...

...enredos luminosos...


Onde será?
Fica em Lisboa, claro está!
Porém... não é muito normal ser alvo de atenção...
Só mesmo se nos deitarmos no chão!!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

duas flores

S.Nicolau (Cabo Verde)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Zeca a 4 mãos

São 22h, aguardamos à porta do Castelo de S. Jorge que nos deixem entrar. Já não há bilhetes e foram ver se havia espaço para todos os que estavam cá fora.
Quando chegamos ao pátio central do Castelo, já se ouvem notas pelo ar... 4 mãos tocam em 2 pianos de cauda "Os vampiros" de Zeca Afonso.
Bernardo Sassetti, e Mário Laginha, dois virtuosos das teclas neste concerto tocam quase exclusivamente músicas de Zeca Afonso dedicado aos 30 anos do 25 de Abril (5 anos atrás), com arranjos e variações "jazzísticas" muito bem conseguidas.
O público vibra sempre que uma música acaba. Está frio mas ninguém arreda pé apesar de se ver as pessoas a "aproximarem-se mais". A luz que ilumina uma parte das ameias, permite ver 2 morceguitos a esvoaçar pelos céus. Ainda bem que existem, assim comem alguns quilos de insectos que de outra forma nos viriam perturbar...
A música continua. Sasseti vem falar do porquê do concerto e dedica a música "Os vampiros", aos senhores das 2 filas da frente... "Eles comem tudo e não deixam nada!!" Risota geral na plateia...
A música segue e termina com"Grândola", um dos muitos momentos altos do espectáculo, que foi excelente e muito intimista...

sábado, 11 de julho de 2009

Cantata - força da natureza

Existem músicas, vozes, movimentos, pinturas, fotografias, poemas, livros, que nos arrebatam pela sua força e nos fazem sentir bem. "Cantata" é sem qualquer sombra de dúvida um dos meus bailados preferidos e completamente arrebatadores! Não só devido aos movimentos graciosos, violentos, ritmados, intimistas e populares desenvolvidos pelos bailarinos, mas também pela música onde se encontra toda a beleza, força e natureza do Sul de Itália.
Tendo visitado algumas zonas do sul de Itália, conhecendo alguns italianos sulistas e partilhado com muitos deles músicas, canções e danças, neste bailado sinto a energia positiva que senti por terras italianas.
Espectáculo a não perder no largo de S.Carlos ainda este sábado e domingo às 22h.
Tenho que voltar a Itália para matar saudades de amigos que lá deixei...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Tapada subterrânea

Mãe d'água
Galeria lateral
Líquido valioso - água

Lisboa, como quase todas as cidades antigas esconde segredos por debaixo das ruas e casas da superfície. A Tapada da Ajuda não foge a esta situação e ao longo dos seus 100 ha contem alguns kms de minas de água. Ao pertencer ao complexo vulcânico de Sintra-Lisboa aqui, tal como em Monsanto, Caneças, etc, conjugam-se as condições geológicas ideais para recolha das águas resultante da sua infiltração nos solos.
A mina mais antiga foi construída no século XVIII. Quase uma dezena de minas fornecia água para o Palácio da Ajuda bem como para a população da Ajuda e Alcântara. Até aos anos 90 do século XX havia uma fonte no bairro do Casalinho bem como na Tapada onde os populares podiam beber a água que por elas jorrava. Porém esta ao ser muito calcária, deixou de ser utilizada para consumo humano. As águas que ainda são recolhidas nas diversas minas, servem para alimentar os tanques da Tapada, bem como para regar os seus campos agrícolas.
O visitante mais novo que lá levei tinha 3 anos, e o mais velho,um senhor com 94 anos. Sempre que lá vou, é um prazer observar nos visitantes o misto de encanto, de medo e de aventura!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Momentos "National Geographic"


Olhando pela janela, vejo um esquilo saltitando. Pé ante pé, pára junto da ameixeira, agarra uma ameixa, olha para todos os lados, como não vê ninguém apoia-se nas patas traseiras e nhac nhac nhac, lá vão uma, lá vão duas ameixinhas para a barriguinha do sr. esquilo.
O dia vai longo e decido ir para casa, já quase sem sol no horizonte. Fecho a porta, viro-me e... um rabirruivo derrapa no ar pois vinha distraído, e quando se apercebe que chocaria comigo, bate as asas com muita força e rapidez para conseguir travar!!! Não me acerta e voa para longe refilando. Mais tarde apercebo-me que o ninho dele é por cima da porta do trabalho.
Chego ao carro e ouço uma grande agitação no pinhal, penas esbranquiçadas voam como se uma ave estivesse a ser atacada. Páro, aproximo-me devagar... será uma águia que anda a caçar no pinhal?
Não, eram duas rolas (provavelmente machos explica-me uma especialista desta espécie) disputando o território. A luta continua por mais uns minutos, terminando quando esvoaçam cada uma para cada lado....
Mas a aventura não termina ainda!! Já noite cerrada, parei num semáforo com a luz vermelha, olho para o lado e vejo um animal pequenino, o qual com a luz do candeeiro a incidir sobre ele me parece ser um ratinho pequeno cinzento. Qual não é o meu espanto, lá vai ele atravessar a estrada, com uma velocidade alucinante e...
...pela passadeira, que assim manda a regra!!!!
Quando finalmente estou em casa a descansar, ria-me sozinha pensando: há pequenos acasos nesta vida que alimentam e apimentam o nosso dia a dia... e isto tudo, no meio de Lisboa!!Ó biodiversidade citadina!!!