Ano novo da Mafalda!

Caminhos fascinantes

Boas entradas nesta nova década!

(Levada das Queimadas - Madeira)

Manhã fria de Outono...

Os termómetros marcam 3ºC às 8h30 da manhã. Uma luz fria, branca e forte ilumina as videiras na Tapada fazendo um jogo de sombras e cores muito apetecíveis à lente da minha câmara. As mãos enregelam, os pés atravessam o campo coberto de ervas e flores amarelas assustando pequenos pássaros que provavelmente procuravam alimento entre elas. Clic.... lá vai uma, clic.... lá vão duas. Alguns alunos mais matinais olham com ar de espanto para mim, no meio da vinha de máquina em riste. São caminhantes apressados com os seus cachecóis, luvas e casacos a proteger de um frio que a mim me gela o nariz e que me faz sentir viva e contente por estar em mais uma estação do ano fabulosa - O Outono ...com cheiro a Inverno!

Biodiversidade no local de trabalho

Foto minha, tratamento da cor em photoshop por P.Vaz

Um vez mais a natureza surpreende-me pela sua beleza.
O dia não está frio, mas a humidade dentro do local de trabalho entranha-se nos ossos e torna-se muito desagradável. O privilégio de ter uma lareira no meu gabinete, leva a que em vez de ligar o desumidificador, acenda a lareira usufruindo do calor que de lá emana, das suas cores bem como da forma eficiente como elimina a humidade da casa! Fui buscar uns toros de lenha ao exterior e deparo-me com esta beleza natural. Um toro de madeira quase podre serve de casa e de alimento a um conjunto de cogumelos pequeninos, brancos e bem jeitosinhos. Não faço ideia de que espécie são nem o seu nome, mas isso também não interessa por agora. Fico feliz deleitando-me a olhar para mais uma das maravilhas que o nosso planeta tem!

HISTÓRIA DO NATAL DIGITAL

Do melhor!!!
Estando novamente de abalada, deixo os meus votos de Feliz Natal e excelentes entradas em 2011!!!

A lei da Urbe....

Predador - Presa!! A versão crocodilo - gnu mas na cidade!!!

o fascínio... pelas pedras

No vulcão dos capelinhos na ilha do Faial, Açores!

Músicas sobre ambiente

(Pormenor da Mata Atlântica no Brasil)

Procurava para uma palestra sobre biodiversidade a proferir no Museu do Oriente em Lisboa, uma música nacional ou internacional que falasse de ambiente em geral ou de biodiversidade em particular. Vieram-me várias à memória, como "As dunas" dos GNR, "As baleias" do Roberto Carlos, algumas populares como "Amora madura", "Alecrim", ou mesmo infantis como "O Cuco" ou "A Aranha". Mas das primeiras que realmente falam da luta pela preservação do ambiente, é uma música do Fausto intitulada "Se tu fores ver o mar (Rosalinda)". Existem muitas outras e podem dar uma vista de olhos neste blogue Rock & Ecology onde entrarão seguramente mais músicas dos que as que aqui refiro.

Se tu fores ver o mar (Rosalinda) (video)
Fausto

Rosalinda
se tu fores à praia
se tu fores ver o mar
cuidado não te descaia
o teu pé de catraia
em óleo sujo à beira-mar

a branca areia de ontem
está cheiinha de alcatrão
as dunas de vento batidas
são de plástico e carvão
e cheiram mal como avenidas
vieram para aqui fugidas
a lama a putrefacção
as aves já voam feridas
e outras caem ao chão

Mas na verdade Rosalinda
nas fábricas que ali vês
o operário respira ainda
envenenado a desmaiar
o que mais há desta aridez
pois os que mandam no mundo
só vivem querendo ganhar
mesmo matando aquele
que morrendo vive a trabalhar
tem cuidado...

Rosalinda
se tu fores à praia
se tu fores ver o mar
cuidado não te descaia
o teu pé de catraia
em óleo sujo à beira-mar

Em Ferrel lá p´ra Peniche
vão fazer uma central
que para alguns é nuclear
mas para muitos é mortal
os peixes hão-de vir à mão
um doente outro sem vida
não tem vida o pescador
morre o sável e o salmão
isto é civilização
assim falou um senhor
tem cuidado


Permito-me ainda partilhar uma música que os brasileiros consideram um dos seus primeiros hinos pela conservação da natureza e ambiente. Luiz Gonzaga com a música Asa Branca. Lembro-me de estar no Brasil num congresso de cariz ambiental com mais de 3.000 pessoas de diversas nacionalidades (a grande maioria - perto de 2.000 - eram brasileiros). Quando a banda na festa começa a cantar e tocar esta música, parecia que o pavilhão vinha abaixo com as vozes de todos os brasileiros a cantar em plenos pulmões. Momento arrepiante pela sua beleza e energia que emanou daquele povo. A minha homenagem a quem luta pela preservação do ambiente e pela melhoria das condições ambientais no nosso planeta. Bem hajam aos músicos, poetas, entre outros, que através da sua arte conseguem tocar nos sentimentos das humanidade para a preservação do nosso planeta!

Asa Branca (video)

Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira

Quando oiei a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu preguntei a Deus do céu,ai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
"Intonce" eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Hoje longe muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão

Quando o verde dos teus óio
Se espanhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu vortarei, viu
Meu coração