terça-feira, 19 de junho de 2012

Retalhos da Vida de Um Médico - Ary dos Santos, Carlos do Carmo

Lembro-me de ser pequena e ver esta serie. Adorava a musica e fiquei com vontade de ser medica por causa dela e de ler o livro. A vida não me proporcionou ser medica e hoje pergunto-me se teria sido uma boa profissional nesse campo.
Mas continuo a querer mudar o mundo, espero que para melhor. Talvez seja uma utopia, um sonho de adolescência, mas procuro com a vida pessoal e profissional fazer a diferença. Muito provavelmente por isso e que do campo florestal, cada vez mais entro na antropologia e sociologia. Educação para o risco, aumento da resiliência de comunidades, diminuição da sua vulnerabilidade. Aqui na Nova Zelândia, fiz algumas entrevistas em estudos de caso no projeto em que vim trabalhar. E as angustias, as motivações, os problemas, as alegrias, por cá, são muito parecidas com as nossas. Diferentes e iguais, somos seres humanos e queremos o melhor para quem amamos e para quem nos rodeia, mesmo que a forma de la chegar seja diferente. Mas não foi só aqui deste lado do mundo que me apercebi disso. Tendo tido o privilegio de percorrer meio mundo, vejo na Europa, em África, na América do Sul, na Oceânia bem como noutras pessoas pertencentes a outros povos asiáticos que todos perseguimos o mesmo.
Gosto mesmo do que faço e espero fazer a diferença, mesmo que seja pequenina.


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Caixas de correio

 (Christchurch)
 (Atawhai)

(Nelson)
Gosto muito!! Estas são daquelas fotos a que não resisto. Então estas Neozelandesas que têm uma identidade muito própria,  é um prazer observar o seu design. Vi de tudo. Umas como as nossas mais rotineiras, outras em pedra, outras como uma escultura de metal, outras de azulejos, madeiras etc. E como desta vez fiquei tanto tempo fora, tive o privilégio de também receber alguns postais que me enviaram de Lisboa!! Que bom é ler letras conhecidas, ou receber papoilas secas coladas entre as páginas dos postais. É muito bom!!!

sábado, 9 de junho de 2012

Musicalidade Maori

Encontro-me neste país maravilhoso à 49 dias. Hoje foi a primeira vez que interagi com a comunidade Maori, os primeiros habitantes da Nova Zelandia que vieram de outras ilhas do pacífico nas suas waka. Através do trabalho entrevistámos uma anciã Maori, muito simpática e da parte da manhã, encontrei um grupo de alunas que utilizando o POI cantaram e dançaram com uma qualidade surpreendente. Como em qualquer país em que tenham um povo "invasor" ou "colonizador" os Maori por aqui também foram maltratados. Porém apercebo-me que são neste momento tratados como iguais, com as suas regras e credos, existindo um respeito e um integrar da cultura Maori nas escolas desde tenra idade. Apercebi-me disto ao visitar um "Play Center" que é tipo um jardim infantil e ver as senhoras que lá trabalham, a integrar a lingua maori nas músicas infantis, bem como alguns instrumentos tipicos de cá. Igualmente observo as investigadoras com quem trabalho e seus colegas, e vejo que demonstram esse respeito, o que me agrada bastante. 
Já tinha procurado música Maori, mas no trabalho ninguém tinha, mas falaram-me de uma música que cantam com a comunidade maori sempre que têm uma reunião de trabalho com esta, "Purea nei e te hau"
Existe uma grande musicalidade no povo Maori. Vozes muito bonitas, danças suaves que lembram as ondas do mar, ou guerreiras como a famosa Haka (ver o video até ao final). Realmente, hoje foi um dia de descobertas musicais que me alegraram os sentidos.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Loo learning

Ora este título sugestivo refere-se a uma visita ao museu da cidade de Dunedin. Espaço bastante interessante, conjugando etnologia (costumes Maoris e dos povos do Pacífico), história natural, biodiversidade e afins. Como é habitual, além de visitar as salas expositivas, outros altos valores corporais se levantam e visito igualmente as casas de banho, que por aqui, vulgarmente são intituladas por "loo".
Qual não é o meu espanto quando olho para aqueles painéis que se encontram nas portas e em que na maior parte dos casos não têm informação minimamente interessante, e vejo que desta vez, me prendem a atenção.
Ora em cada uma delas (sim, eram 3 cubículos e eu esperei que as pessoas saissem deles para ir ler os placards), havia informação muito interessante sobre o porquê dos nossos gases (vulgo peidos), o porquê do bom ou mau cheiro e como é que o nosso nariz reconhece estes cheiros. Deixo aqui a informação que achei especialmente pertinente. Não só pelo local onde estava inserida (nas casas de banho), mas também por ser um museu tipo história natural/ciencia.
Nada como aprender coisas giras nos sítios mais inusitados!!!



terça-feira, 5 de junho de 2012

Hard life

Passeando na peninsula de Kaikoura, divirto-me a observar o descanso destes leões marinhos neozelandezes, os quais após vários dias no mar, aqui encontram o seu paraíso. Neste espaço protegido, em que não podem ser caçados, estes gostam de se deitar ao sol, nas rochas quentes, ou nas algas escuras quentinhas. Aqui também fazem a sua higiéne, e muito eles se lavam. Orelhas, barriga, costas, olhos, etc.... é um deleite olhar para eles (sim que são todos machos. As fêmeas estão noutras colónias mais a sul ou a norte de Kaikoura) e só me vem à memória... ai vida triste e dura.... ;-)