domingo, 30 de setembro de 2012

Brincar no mar

O mar exerce sobre mim um fascínio imenso, porém nunca explorei muito as possíveis actividades marítimas além das habituais de praia, com natação e furar de ondas à mistura.
Este ano decidi dedicar-me a outras actividades que supostamente são consideradas de mais radicais e fui ter aulas de bodyboard. Surf poderia puxar demasiado por um joelho que estava enfraquecido e por isso, bodyboard foi a melhor escolha. Por enquanto considero que foi um bom compromisso e consigo conjugar desporto, ar livre, adrenalina e mar.
Nunca tinha imaginado as rotinas e momentos que este desporto nos proporciona. Vestir um fato de neoprene por causa do frio, nem sempre é fácil e imagino que no inverno seja pior pelo frio exterior.  Levar a prancha para junto do mar e onde deixo a chave do carro? e a roupa e os documentos carteira e afins? Tantas dúvidas que nos assaltam no início.
Fazer um aquecimento rápido para preparar os músculos e tendões, meter a prancha na água, esperar pelas ondas, mas antes ler o mar para saber para onde ir, ser enrolada, furar as ondas, bater os pés e a onda foge de nós e por fim apanhar a tão desejada onda. Desengane-se quem pensa que o deslizar é suave. Parece que passamos por uma área cheia de buracos, mas numa velocidade que a mim me parece alucinante.  E é um prazer tão grande estar na água, e brincar e rir e apanhar as ondas e ver uma paisagem que se nos apresenta em terra e no mar diferente da que se vê quando somente se nada no mar.
Já fui  ao por do sol com amigos e amigas e é divinal. Parece que o mar nos pertence e nós pertencemos a esse mundo aquático. Ao nascer do sol, parece que acordamos em sintonia com o despertar suave do nosso planeta. Quem diría que eu, tão acomodada, iría achar tanta piada a este novo estar? Agora que o Inverno está a chegar, que novas sensações, alegrias e medos terei? Brevemente o descobrirei.... :-)


 

domingo, 16 de setembro de 2012

Não tinha cravos mas tinha tachos

(Foto de Tiago Rocha no facebook)

Não tinha cravos mas tinha tachos figura mitica desta manif!"

Saí de casa com alguma curiosidade e emoção pensando como iria correr esta manifestação. Já tinha participado em algumas, mas desta vez foi a indignação e o sentimento forte que alguma coisa era preciso fazer contra as medidas políticas que me fez movimentar.
Metro cheio em direcção ao ponto de encontro, alguns cartazes e todos fomos seguindo caminho para uma incógnita quanto ao número de pessoas que iría participar.
Integrámo-nos no meio da população, com 2 amigas e 2 amigos e lá fomos. Sem atropelos, algumas palavras de ordem. Encontrei alguns amigos e foi bom sinal não ter encontrado mais, pois tal foi indicador da maré de gente que caminhava rua fora.
A minha surpresa, que me fez classificar esta manifestação como especial, foi observar pessoas que não pareciam alguma vez ter participado em manifestações, ali estarem. Ver tanta criança com os seus pais, em que se sentia que era uma manifestação super pacifica de um povo que se une para lutar por algo diferente. Todas as idades presentes, todos em conjunto para que algo mude.
Senti orgulho de ser portuguesa. Senti orgulho e emoção ao ver a senhora da foto, batendo a sua panela, incentivando os manifestantes. Foi a maior ovação na manifestação.

A ver que o que o futuro nos reserva.
 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

sábado, 8 de setembro de 2012

Um retrato não muito bonito....

... de um país que se cala, vê futebol, refila nas redes sociais mas por enquanto pouco mais do que isso. E contra mim expresso esta minha revolta de ser tão permissiva e acatar com medidas que senhores e senhoras "iluminadas" nos impõem....



Amigos argentinos apresentaram-me este grupo "Arbolitos". Eles têm 1 música que toca em alguns pontos nevrálgicos da sociedade, parecendo-me uma boa música de intervenção "Sobran". Aqui fica a letra e o link para a ouvirem.http://www.youtube.com/watch?v=Cs-iz6_lKpc

Falta vergüenza, falta verdad
Falta tu mente en la libertad
Faltan monedas para viajar
Faltan fábricas, falta hasta el pan.

Falta buen día, como te va
Faltan vecinos para matear
Faltan esquinas, falta quemar
Faltan amigos, falta confiar.

Faltan abrazos, falta emoción
Faltan gestos de buen corazón
Falta tu risa, falta el calor
Faltan trabajos, falta un motor

Sobran políticos, sobran políticos
Sobran políticos, sobran políticos

Faltan maestros sin antifaz
Faltan espacios para crear
Faltan canciones, falta cobrar
Falta conciencia, falta estallar

Faltan fueguitos pa´ calentar
Faltan terrenos sin alambrar
Falta respeto, faltan igualdad
Falta un sacudón dignidad

Sobran políticos, sobran políticos
Sobran políticos, sobran políticos

Pero falta poco para que los demos vuelta
Lo mire en tus ojos, no se puede parar
Pero falta poco para que los demos vuelta
Lo mire en tus ojos, esa noche, no se puede parar

Pero falta poco para que los demos vuelta
Lo mire en tus ojos, no se puede parar