segunda-feira, 22 de outubro de 2012

o día que saibamos o que é unha árbore, aquel día non teremos a necesidade de emigrar.


"A árbore é un símbolo do señorío espiritual de Galiza

A árbore é un engado dos ollos, pola súa fermosura;

é unha ledicia dos ouvidos, porque nela cantan os paxaros;

é un arrolador do espírito, porque nas súa ponlas conta contos o vento.

A árbore danos a froita, que é un manxar composto polo noso creador, para regadía do noso paladar: O derradeiro ben que nos quedou do paraíso perdido.

A árbore pídelle auga ó ceo para que a terra teña sangue vida e bonitura.

A árbore danos a sombra fresca no verán e a quentura agarimosa no inverno.

A árbore danos as traves, o sobrado e as portas da casa. Danos o berce, o báculo da vellez e a caixa pra baixar á terra.

A árbore danos o papel barato que nos trai a decotío as novas do que pasa no mundo.

Val máis unha terra con árbores nos montes que un estado con ouro nos bancos.

A calvicie dos montes galegos é unha terrible acusación contra o estado unitario.

As árbores son as minas galegas que nos saberemos explotar cando a nosa terra sexa nosa.

A repoboación forestal será o patrimonio da nación galega e o mellor aforro da colectividade.

Na nosa terra dánse as mellores árbores; o día que saibamos o que é unha árbore, aquel día non teremos a necesidade de emigrar. “

Castelao - Sempre en Galiza 1935




Rosália de Castro - letra
José Niza - Música

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Falta o ombro, o abraço, o toque

Eu sou uma emigrante fajuta porque quando trabalho lá fora são coisas de 2 ou 3 meses e depois regresso. 
Apesar do fascínio e do prazer de trabalhar até hoje em funções que me agradam, em ver e conhecer países que me enriquecem a nível pessoal e profissional, as saudades batem e há momentos de maior solidão e tristeza. 
Mas sem sombra de dúvida, o skype, o facebook e o mail encurtaram a distância de quem me faz falta!!!
Família, amigos e amigas, colegas sempre em contacto através da internet. Nunca imaginei acordar e a primeira coisa a fazer era ligar a net para saber que novidades tinha do lado de cá. Muita conversa skype fiz, chat no facebook e gmail, e assim fui-me sentindo mais próxima dos meus.

A distância física fez-me igualmente aproximar ainda mais de pessoas a quem quero bem e neste momento as relações mantêm-se próximas e vivas como eram no skype. Mas existe uma grande mas grande diferença. O contacto físico. Em países em que o contacto físico entre amigos não é muito comum, em que um abraço, um beijo, um toque no braço ao falar (os mediterrânicos tocam muito uns nos outros comparado com os outros países) não é comum, sinto mesmo a falta do calor humano. 
E foi por isso que quando regressei, dei tantos abraços e beijos. A saudade e a necessidade física desse toque a isso me obrigaram.
Obrigada a quem esteve por cá, em conversa comigo lá, e me deu a sensação de estar novamente em casa apesar da distância que nos separava.

Esta reportagem do Público está muito bem escrita e conta um pouco também esta historia da emigração. Vale a pena ler!