A nossa sensação ao caminhar pelas ruas, com estradas cortadas, prédios a serem demolidos, casas antigas e novas com o aviso de demolição é que estamos num cenário de guerra. Em algumas casas com aviso de demolição, imagina-se uma vida familiar que já lá não está, ao observarmos pelas janelas cortinas, armários com pratos e chávenas partidas, mobiliário variado e o que se possa imaginar numa casa com vida que teve de ser abandonada rapidamente e para sempre.
Esta desolação contrasta com a recuperação, reconstrução e animação de uma parte logo a seguir à zona vedada, onde se encontram cafés, lojas, bancos entre tantos outros serviços que procuram voltar a dar vida ao centro da cidade. Esta é a razão pela qual chamo a este post cidade resiliente. Apesar do evento catastrófico, é preciso voltar a dar vida e normalidade ao centro da cidade. Um trabalho interessante de arquitectura paisagista embeleza o espaço que envolve os contentores que abrigam as tais lojas e serviços. Músicos tocam, turistas e locais calcorreiam estes caminhos, dando normalidade e rotina a um espaço que a perdeu e pouco a pouco a vai recuperando.
1 comentário:
aqui deste lado do mundo, estão a demolir a democracia: há pessoas já desalojadas de si mesmo, famílias inteiras sem saber se têm o que comer ao jantar, a Liberdade está sob ameaça de ruína...
...o sismo social e politico do neoliberalismo, abala toda a europa...
... daí que todos os testemunhos de resiliência se tornem importantes e deles saibamos retirar lições de vida e renascimento.
Vai dando notícias e boas viagens.
bjs
Enviar um comentário