"Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar…
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura…
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar. "
MIGUEL TORGA
4 comentários:
Hoje, para mim, este blog poderia chamar-se "cordilheira", tal é o eco que se desprende deste post.
Poeta, não é só aquele que com palavras tece poesias, poeta é também todos/as os/as que se deixam tocar pelas palavras assim escritas!
Maravilhoso. Simples e cheio de vida e de sabor a viagem, que estará sempre no horizonte. No meu até quase que já vejo a popa do... avião?! Ok, novos tempos. Belo poema :)
... e quando se deixa tocar, contempla-se, ama-se, partilha-se a magia com a luminosa serenidade que a fotografia revela.
Outra viagem que esta foto me fez fazer foi ao "O Velho e o Mar" do Hemingway.
Continua a despertar os nossos sentidos.
Tás muito poetisa pro meu gosto... Não sei não mas não ando a gostar.
O poema é muito giro!
bjs
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