terça-feira, 31 de agosto de 2010

Inspirar.... expirar....

A presença das árvores nas cidades pode purificar o ar ao filtrar poeiras, sequestrar o dióxido de carbono e reduzir poluentes atmosféricos como os óxidos de nitrogénio e de enxofre. Ao mesmo tempo irá libertar oxigénio para a atmosfera. Sabia que 2 árvores adultas podem produzir num ano o oxigénio necessário para uma pessoa durante esse período de tempo ?

domingo, 29 de agosto de 2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Espera....

(...numa rua ao pé de si.)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Agrilhoada


a uma tese que não deixa liberdade intelectual e criativa para outros voos... pelo menos, por enquanto...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

nunca esquecer a EDUCAÇÃO!




Educação ambiental, para a cidadania, artística, entre tantas outras... todas conjugadas procuram criar indivíduos mais conhecedores, conscientes, críticos e interventivos!
De alguma forma tento fazer o meu papel como "educadora" na área ambiental. Por vezes desanimo pois não vejo grandes mudanças, mas depois afastando-me do particular, vejo que pouco a pouco as mentalidades vão mudando e a realidade ambiental de há 14 anos quando comecei nesta vida mudou bastante. Acredito que fui um grãozinho de areia neste trabalho de centenas para não dizer milhares de educadores ambientais que lutam por um mundo mais ecológico e ambientalmente sustentável. Sou optimista e acredito que ainda há esperança!!!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

recuperar no pós fogo

Primeiro conhecer e estudar as características específicas de cada local. Não se deve intervir sem conhecer o que lá está, quais as suas características ecológicas, de solo, clima, etc, e por fim delinear uma estratégia!!!!

Com gestão das espécies que sobrevivem ao fogo como é o caso deste sobreiro,

replantando, com estratégia e não indiscriminadamente! Estas entre várias outras medidas, lá vão recuperando o nosso país pós os incêndios que por cá acontecem. O problema é que muitas áreas estão abandonadas e pós os incêndios, a vegetação cresce sem qualquer tipo de controlo tornando-se novamente um barril de "combustível" para arder, ou então os terrenos ficam tão degradados, que nada lá cresce e ficamos com a desertificação... enfim...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

queimado...

(Serra do Caldeirão)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Verdes são os campos

(Cortes do Meio)
Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.


Luís Vaz de Camões

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

São Nicolau - ilha de contrastes

(Ribeira Brava)
(Parque Natural de Monte Gordo)
(Encosta Sul - milheiral)
(Encosta Norte, espaço de transição já quase sem água mas com uma réstea de humidade da encosta Sul)
(Perto do Tarrafal - Encosta Norte)
Esta é uma ilha muito pouco turística, mas verdadeiramente engraçada pelo seu contraste. A costa norte, onde fica a vila do Tarrafal (existe uma vila com o mesmo nome na ilha de Santiago), tudo é verdadeiramente árido. As nuvens sobem pela costa sul, e quando chegam ao topo da montanha onde está o Parque Natural de Monte Gordo, ficam ai presas não passando para o outro lado. Faz lembrar Sintra quando as nuvens cobrem a serra e à volta está tudo seco.
Na encosta sul, é onde está a agricultura, como sempre de milho, feijão e batata doce.
Lembro-me de enviar uma mensagem para casa dizendo que as montanhas abruptas e verdes (do lado sul) me faziam lembrar a Ilha da Madeira. Nesta ilha são autóctones os dragoeiros (Dracaena draco) e podemos observá-los com muita facilidade na natureza, sendo este o símbolo do parque natural. Passeando nesse espaço tão verde, pude constatar na prática como as árvores altas em altitude aprisionam as gotas de água da precipitação oculta (nevoeiros). Na verdade fiquei bastante molhada com a água que caía das árvores, e quando chego ao topo da montanha, bastou-me descer nem 20 metros para a parte Norte, e vejo uma paisagem desejosa de água que ficou retida na encosta Sul. É verdadeiramente surreal este contraste.
Novamente gente muito afável, boa gastronomia e a cidade onde ficámos (Ribeira Grande), estava bem limpa e era bastante colorida. Só tem um senão, é difícil chegar à ilha apesar do aeroporto, pois temos sempre que fazer escalas.

domingo, 8 de agosto de 2010

A ilha do Fogo






Esta é uma das ilhas que mais me encheu as medidas. Um vulcão lindíssimo, onde eu dormi na aldeia Chã das Caldeiras que está mesmo dentro da grande caldeira do vulcão. Junto existe um perímetro florestal bem bonito, Monte Velho que foi assolado por um incêndio com perto de 300 ha em 2004. Parece pouco, mas aqui equivale a quase 70% da área florestal e como estes espaços são tão raros e importantíssimos em termos ambientais e ecológicos, tudo o que arde é uma perda bastante grande e um desastre ambiental. Na cratera de Chã das caldeiras, cultivam várias hortícolas, feijão congo e outros, e bem importante para a comunidade, têm videiras e produzem vinho que com a ajuda de um enólogo italiano tem bastante qualidade. O grogue (aguardente) daqui também é bastante bom. O cone do vulcão é bastante interessante, uma área é completamente árida e não cresce lá nada, mas na outra encosta começamos na zona mais baixa com agricultura, seguindo em altura temos a produção de café que é bastante bom e por fim têm área florestal.

Dizem que o mar é muito bom para fazer mergulho, mas como fui em trabalho não desfrutei do mar. Foi aqui que vi a maior comunidade de aranhas da minha vida. Aranhas bastante grandes (corpo sem contar com as patas com perto de 3 cm) que fazem teias enormes comunitárias entre 2 postes de electricidade (por exemplo, com 10 metros distancia). Contei uma vez, mais de 20 aranhas numa dessas teias comunitárias. Giro giro.

Em Chã das Caldeiras tive a sorte de estar lua cheia e eu ter os binóculos. Aproveitei para ver os mares lunares com melhor precisão e uma das empregadas da pensão veio ter comigo. Como nunca tinha visto nada através dos binóculos, apanhou um susto tremendo ao ver a lua tão perto que desata a correr para dentro de casa cheia de medo. Lá fui atrás dela e expliquei-lhe o que se passava. Fiquei mais um tempo com os meus colegas no terraço, embrulhados em cobertores pois estava um frio desgraçado, a degustar um belíssimo grogue, a ver a noite estrelada e a usufruir do silêncio. Como é bom estar num local que a única coisa que se ouve é o barulho ensurdecedor dos nossos ouvidos...