sábado, 26 de janeiro de 2013

Silêncio...

Uma cidade outrora ruidosa cai numa paz branca. Flocos de neve flutuavam desenfreados cruzando-se num circuito organizado orientados pelo vento que se fazia sentir. Mas tudo parou.
O silêncio impera, como se a cidade por um espaço de tempo, sustivesse a respiração para observar a brancura que cobre tudo e todos.
O tempo suspenso passa por mim e o meu corpo mexe-se, deliciando os dedos já sem luvas naquela neve, alva, fofa, com um palmo de espessura, que se desfaz entre os dedos demonstrando a sua frágil consistência.
O feitiço termina com o som abafado do rodado de duas bicicletas apanhadas no nevão. Equilíbrio periclitante, luvas, gorro, cachecol, tudo serve para filtrar o ar que nos gela os pulmões. A cidade sai do seu torpor momentâneo e retorna ao bulício do dia-a-dia.
Regresso a casa....


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