segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Fogo = Tango


O frio que se tem feito sentir nas últimas semanas, levam-nos a acender a lareira quase diariamente. Nunca tinha dado tanto vazão à lenha como neste Inverno. De tal forma que toros grandes de cipreste já com 2 anos na pilha, estão finalmente a ser utilizados. Quando a brasa está forte, com cores entre o laranja incandescente e o rosa alaranjado, amanho o lume de forma a inserir o toro de cipreste, já meio apodrecido por dentro, decido às intempéries e insectos decompositores, por cima das brasas e...
...é vê-lo primeiro a fumegar como uma autêntica chaminé com fumos esbranquiçados (vapor de água) e outros mais acinzentados (já a celulose e outros compostos da madeira a entrarem em combustão) e por fim, lá vem a chama, como que comendo aquele toro com mais de 30 cms de diâmetro de dentro para fora.
É fabuloso olhar para as chamas ora abraçando, ora afastando-se, ora afagando o mesmo pedaço de madeira como se fosse uma dança sensual, ritmada e enérgica. Faz-me lembrar o tango argentino.

2 comentários:

João Ventura disse...

Todos os pirómanos começam assim, a olhar para as chamas, a olhar, a olhar...
Segundo me disseram, porque eu, isso de fogo, até tenho medo de chegar perto!
:P

Pé na estrada disse...

É verdade, é que chegando perto podemos queimar-nos.... ;-)
Sabes que este post começou por chamar-se "Pirómana, eu?", mas depois decidi trocar.
Beijos