Matinha, tão perto e tão longe

Não tenho andado em terras lusas o tempo suficiente para descobrir novos espaços. Mas este ano, desde Outubro por não ter viagens de monta, tenho em pequenos passeios, usufruído do que o nosso país nos proporciona mais especificamente dos arredores de Lisboa. Os espaços seminaturais, naturalizados, ou protegidos, sucedem-se, e cada vez mais me apercebo que não é necessário fazer grandes deslocações para aprender, conhecer, passear e desfrutar de espaços verdes aqui tão perto. Disso é exemplo a Mata dos Medos na Caparica, a Mata da Achada em Coina, Monsanto junto a Lisboa, a mata do Estádio Nacional junto à Cruz Quebrada, entre tantos outros. Hoje foi dia de Matinha de Queluz. Sempre que percorria a serra de Carnaxide, vía um espaço murado, com uma mata no interior mas não fazia ideia como lá chegar. Finalmente fui ao google, vi o mapa e hoje, de máquina em punho e não bicicleta nos pés pois o joelho fez das suas, calcorreei caminhos de terra, de pedra, observei sobreiro antigos, uns que nunca tinham sido descortiçados, outros que foram somente uma vez mas à tantos anos que.... quase que parece virgem. Folhado, medronheiros, gilbardeira, carrasco, loureiros, orquideas, aroeiras, tudo povoa estes 21ha aprazíveis para um passeio domingueiro. Infelizmente o espaço não está preparado para pessoas com alguma dificuldade de locomoção, mas para passear com crianças é bastante seguro e com muitos espaços para se brincar e estimular a imaginação. Gostei, e é um espaço a repetir com a família pequena!